Só para arrumar o assunto a um cantinho, bem a arrumadinho dentro de uma caixa sem graça para que não chame a atenção.
Há atitudes que nos deixam sem palavras, estou aqui há uns 10 minutos a tentar articular alguma coisa, alguma ideia final e NADA.
Quando gosto entrego-me por completo, sou tudo ou nada, atiro-me de cabeça e deixo a razão em casa. Foi o que fiz e não me arrependo.
Sei que gostaste de mim, um dia. Sei que cometi erros e não sou completamente inocente. Há momentos que nunca vou esquecer. Coisas, expressões, sensações, ainda frescas de mais para serem esquecidas ou suavizadas como uma doce e distante lembrança. Manias que adquiri de ti e das quais ainda não me consegui livrar e acho nunca vou conseguir. Vão constar na minha vida como ténue sinal da tua passagem.
Mas neste momento, és apenas um filho da ****. Que não merece uma única lágrima que já deixei escapar. Que pegou no pouco encanto que lhe restava e fez os estragos finais.
Espero que um dia, este misto de sentimentos (raiva, mágoa, saudade, tristeza, alívio, fúria até) passem e fique apenas a memória das coisas boas e a lição tirada das más. Espero um dia encontrar-te e conseguir falar-te, perguntar como estás, se ainda tens estrelas no tecto, como se de um velho amigo se tratasse.
Mas um dia, daqui a muitos meses, porque agora, se te apanho numa passadeira ainda sou capaz de te atropelar. Brincadeirinha, sim, não me mandem internar que não éstou doida nem nada!
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