Era assim que nos tratavamos no ínicio, lembras-te? Lembras-te da tarde que passamos a ver o Austrália? Aquela tarde em que nada e tudo aconteceu.
Hoje vivo numa montanha russa de emoções. Tenho dias como o de hoje, com o coração apertadinho, cheio de angústia, dúvidas e uma saudade imensa. Mas sei que vais voltar, mais dia, menos dia, voltas sempre, e eu recebo-te sempre de braços abertos. Vais abraçar-me com força, beijar-me e mostrar-me as estrelas do teu tecto outra vez. E nesse dia vou matar as saudades, esquecer a angústia e as dúvidas.
Mas sabes meu querido, isto não pode durar muito tempo, ninguém aguenta dar voltas infinitas numa montanha russa... ficamos tontos e enjoados. E eu, que detesto carrosseis, recuso-me a viver num.
Já te disse e repito: preciso de mais que aquilo que me podes ou queres dar. Respondeste-me que precisavas de tempo, de ir com calma. Aqui está o teu tempo e toda a calma que consigo reunir de entre as forças que me restam. Quero sair deste carrossel e entrar num barco estável que navegue em águas calma e limpidas.
E se não me deres o barco, um dia destes mando parar o carrossel e saio, tu hás-de arranjar quem goste de montanhas russas. E eu, depois de curar as feridas, que sei, me vais deixar, hei-de encontrar um principe que goste de barcos.
(Para a C. cá está o texto que tinha deixado guardadinho. E para ti, a "carta que nunca te escrevi")
2 comentários:
oiiii menina! Já vi que esse coraçaozito ja teve melhores dias...
Olha emigra mesmo se não tens nada que te prenda aí, e se quisere vir é so avisar, arranjo te trabalho da noite para o dia! :) ia ser tão bom ter uma companhia por aqui, bem que preciso... :p
beijinhos
Parabéns!
Texto lindíssimo!
E como eu te entendo... =)
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