18 de dezembro de 2009

Afinal, o problema não sou eu....


Ontem fui jantar com a M. uma amiga do peitinho. De quem vou acumulando saudades desde há um ano, quando acabamos o curso. Juntas já rimos, choramos, divertimos, dançamos, apanhamos bubas, desanimamos e recuperamos outra vez a esperança, a coragem e a determinação. Juntas já nos sentimos um zero á esquerda e as maiores lá da academia, já fizemos figurinhas tristes e já triunfamos. Já fomos grandes e pequeninas e até já nos zangamos, discutimos a sério, gritamos uma com a outra e no fim fizemos as pazes. Porque a amizade é mesmo assim.


Mas como eu ia a dizer: ontem fui jantar com a M. falamos imenso e coitada teve que levar com a minha deprê actual. Mas naqueles intervalinhos em que eu conseguia falar em outra coisa, ela contou-me que encontrou uma rapariga da nossa turma na H&M (a trabalhar). Conclusão perguntou-lhe, obviamente, se sabia alguma coisa quanto ao estado profissional do resto da turma. Conclusões a que chegaram, numa turma de 40 pessoas, 2 pessoas têm trabalho a tempo inteiro e 2 em part-time, na área. Uma das últimas sou eu. E o resto? Estão distribuídas pelas H&M's, Zaras, Continentes e Jumbos deste país.


E eu que me começava a achar muito burra ou pouco esforçada, afinal o problema não é só meu. Se mesmo as melhores alunas (aquelas que enquanto eu rezava por uma dez a Biologia Molecular, assim para nunca mais ver aquilo á frente, achavam um 15 uma nota medíocre) vão parar á caixa do Jumbo. Eu até nem estou muito mal. Atendo 50 pessoas em 2h, sou mal paga e tenho más condições, mas tenho trabalho. Pouco, muito pouco, mas tenho.

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