22 de janeiro de 2010



Mais de um mês depois, o tempo pára, pára e fica mudo, já não ouço a música que passa no rádio nem o barulho da cidade á nossa volta, nem sequer a minha respiração que fica suspensa, neste instante em que o nosso olhar se cruza de novo.

De repente estavas ali "tão longe e tão perto". E estupidamente dou por mim a pensar:
- L, que estás tu a fazer? A atirar pela janela fora um homem destes, lindo e com pinta e tudo e tudo?

É nestes momentos que fico com um medo desgraçado de mim mesma. Porque o que eu estou a fazer, é ter amor próprio. É a expulsar da minha vida alguém que não me merece, que embora goste de mim, nunca vai mover o mundo para me fazer sorrir.

Mas nestas alturas em que o nosso olhar se cruza outra vez, em que por breves segundos esqueço a razão e me invade uma vontade enorme de esquecer tudo e correr para os teus braços outra vez. Nesta alturas, tenho medo de mim... da loucura que posso cometer em deixar o coração falar mais alto que a razão.

Sem comentários: