14 de março de 2010


"Não, o teu amor por mim, volto a dizê-lo, não foi uma inevitabilidade, mas uma escolha feita com a leveza e a frontalidade com que fazes tudo na vida. Por isso te foi tão linear - e repara não escrevo a palavra facil- escolher outro caminho.

Mas não foi assim para mim. Entraste a duzentos á hora na minha vida, e quando te vi pela primeira vez a passar a porta da minha casa... deixei-me levar por essa inevitabilidade, submetendo-me a tudo o que depois se seguiu, e chamando-lhe amor. Um amor total gratuito, despojado com o corpo, a cabeça e o coração todos enterrados lá dentro. Um amor quase visceral, tão certo e evidente que nem por um instante, a partir do momento em que me afastaste - ... - o cabelo da cara com a mão e me começaste a amar, duvidei que estava ali a certeza, o sabor, a essência do amor.
... Saboreava os teus regressos como momentos eternos e irrepetíveis - e percebi que tinha descoberto a essência do amor.
Hoje, apetece-me pensar que me enganei, que nunca me amaste, e que, em vez disso, andaste a brincar, ainda que de uma forma séria."

MRP


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